Quarto de D. Pedro no Palácio de Queluz, em Portugal, é aberto à visitação
A Parques de Sintra, gestora do Palácio Nacional de Queluz, em Sintra, Portugal, inaugurou um novo projeto museológico no quarto de D. Pedro d’Alcântara de
Novo projeto marca os 180 anos da morte do primeiro imperador do Brasil
A Parques de Sintra, gestora do Palácio Nacional de Queluz, em Sintra, Portugal, inaugurou um novo projeto museológico no quarto de D. Pedro d’Alcântara de Bragança. A ação marca os 180 anos da morte do rei de Portugal e primeiro Imperador do Brasil. O objetivo do projeto é atrair os visitantes portugueses e brasileiros - que já representam 10% do público do palácio, para os quais a figura de D. Pedro e sua família suscitam grande interesse.
A ação, que demorou seis meses para ser concluída, envolveu trabalhos de restauro na pintura decorativa das paredes do quarto (que havia sido reconstruída após um incêndio em 1934) e da escrivaninha de viagem de D. Pedro, pertencente ao acervo do Palácio Nacional da Ajuda. Procedeu-se à renovação do equipamento museográfico, à investigação histórica e iconográfica, além do levantamento documental, com a revisão de documentação de arquivo, imprensa diária e literatura da época.
No quarto D. Quixote, como é conhecido o espaço por ter 18 pinturas decorativas representando episódios da história de D. Quixote de La Mancha, destacam-se a exposição de 15 objetos pessoais de D. Pedro e nove peças de mobiliário, além de 15 pinturas e miniaturas entre as 48 peças em exibição. Há também novos suportes interpretativos, com destaque para os digitais.
O sistema de segurança foi ampliado e foram instaladas novas lâmpadas de LED para reduzir o consumo de energia, mas respeitando o ambiente intimista do quarto.
O projeto museológico contextualiza o Quarto D. Quixote na vida de D. Pedro, que nasceu e morreu naquele espaço. Vários painéis informativos explicam sobre aquele que esteve diretamente ligado à independência do Brasil e à consolidação do liberalismo em Portugal. No local, um tablet apresenta uma imagem 360º da sala, com pontos de interesse e informação mais detalhada sobre o patrimônio exposto.
O tablet também dá acesso a um novo site com a biografia de D. Pedro, ilustrada com imagens e documentos de época, informações sobre a sua genealogia e uma seleção de 12 dos seus retratos mais emblemáticos. Este site também está online em www.dpedroiv.parquesdesintra.pt.
Muita da iconografia emblemática está disponível para consulta e visualização online através do Google Art Project. Esta é a primeira exposição integrada nesta plataforma por um museu português. Entre as imagens possíveis de encontrar, vale especial destaque a aquarela de Ferdinand le Feubure que reproduz o Quarto D. Quixote em 1850 e inclui uma inscrição manuscrita da Princesa D. Maria Amélia, filha de D. Pedro IV: "Chambre oú mourut mon père, dans le Palais de Queluz" (“Quarto onde morreu meu pai, no Palácio de Queluz”).
Para completar o projeto, foram protocolados empréstimos com o Museu Nacional de Arte Antiga, Palácio Nacional da Ajuda, Museu Nacional dos Coches, Museu Militar de Lisboa e Museu Nacional Soares dos Reis. A Lusitânia Seguros apoia a exposição, garantindo os seguros das obras.
Sobre o Palácio Nacional de Queluz
O Palácio Nacional de Queluz e os seus jardins históricos constituem um exemplo marcante da ligação harmoniosa entre paisagem e arquitetura palaciana em Portugal. Ilustram a evolução do gosto da Corte nos séculos 18 e 19, período marcado pelo barroco, rococó e neoclassicismo. Mandado construir em 1747 pelo futuro D. Pedro III, consorte de D. Maria I, o Palácio Nacional de Queluz foi inicialmente concebido como residência de verão, tornando-se espaço privilegiado de lazer e entretenimento da Família Real, que o habitou em permanência de 1794 até a partida para o Brasil, em 1807, na sequência das invasões francesas.
www.parquesdesintra.pt/parques-jardins-e-monumentos/palacio-nacional-e-jardins-de-queluz
Sobre a Parques de Sintra - Monte da Lua
A Parques de Sintra - Monte da Lua, S.A. (PSML) é uma empresa de capitais exclusivamente públicos, criada em 2000, no seguimento da classificação pela UNESCO da Paisagem Cultural de Sintra como Patrimônio da Humanidade. A sua criação teve como objetivo reunir as instituições com responsabilidade na salvaguarda e valorização da Paisagem Cultural de Sintra, e o Estado Português entregou-lhe a gestão das suas principais propriedades na região. Não recorre ao Orçamento do Estado, pelo que a recuperação e manutenção do patrimônio que gere são asseguradas pelas receitas da venda de tickets e em lojas, restaurantes e aluguel de espaços para eventos.
Em 2013, os valores naturais e culturais que a PSML gere (Parque e Palácio da Pena, Palácios Nacionais de Sintra e de Queluz, Chalet da Condessa d’Edla, Castelo dos Mouros, Palácio e Jardins de Monserrate, Convento dos Capuchos e Escola Portuguesa de Arte Equestre) receberam aproximadamente 1.700.000 visitas, mais de 90% das quais por parte de estrangeiros.
São acionistas da PSML o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, a Direção Geral do Tesouro e Finanças (que representa o Estado), o Turismo de Portugal e a Câmara Municipal de Sintra.
Saiba mais: www.parquesdesintra.pt
Postado por Angela Karam no dia 18/11/2014 às 13:20