Uma das mais conhecidas e queridas espécies de baleias, a jubarte, pode ser avistada na costa do Brasil entre o sul da Bahia e o norte do Espírito Santo a partir do mês de junho até outubro.
Nesta época, esses mamíferos de quase 16 metros de comprimento e de cerca de 40 toneladas aparecem em alto-mar depois de uma viagem de 4 mil quilômetros para se acasalar, parir e amamentar seus filhotes em águas brasileiras. Depois fazem a viagem de volta para se alimentar no verão em mares antárticos.
De acordo com o Instituto Baleia Jubarte, estima-se que a população das jubartes brasileiras seja próxima a 20 mil animais.
Além de levar milhões de pessoas a terem contato direto com a majestosa baleia, uma experiência inesquecível e que transforma muitos em defensores da vida marinha, a observação de jubartes é importante para a conservação da espécie e para a economia, desde que praticada de forma sustentável e seguindo as normas legais.
Conhecido como whale watching, o turismo de observação de baleias é praticado em mais de 100 países e territórios, gerando receitas para as comunidades costeiras, empregos e renda, e movimenta o trade turístico.
Um dos melhores lugares do mundo para avistar a espécie é Prado, no sul da Bahia, na região conhecida como Costa das Baleias, e que inclui ainda Alcobaça, Caravelas, Itamaraju, Itanhém, Nova Viçosa, Mucuri, Teixeira de Freitas. A região é um verdadeiro santuário marítimo-ecológico, refúgio e berçário das jubartes.
A observação das baleias só pode ser feita de barco, cujos passeios são oferecidos pelas agências de turismo local. A embarcação tem ponto de partida em Prado, Cumuruxatiba e Corumbau.
Alguns roteiros oferecem um passeio até o Arquipélago de Abrolhos, que fica a 75 km da costa baiana.
Prado já começa a se organizar para receber os turistas que vêm para a Bahia contemplar às jubartes. O prefeito Gilvan da Silva Santos destaca que a época de observação das baleias é muito importante para a economia local. “Movimenta nosso turismo, nossa rede hoteleira e gastronômica e também a infraestrutura de serviços”, afirma. Completa que a observação de baleias também é instrumento para conservação da espécie, desde que praticada com responsabilidade, conforme legislação vigente.